Em um discurso proferido por volta das 15h40 deste sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro pediu anistia para os presos pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023, criticou duramente o Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e voltou a se posicionar como vítima de perseguição política.
Durante sua fala, Bolsonaro relembrou sua viagem aos Estados Unidos nos últimos dias de seu mandato e afirmou que, se tivesse permanecido no Brasil, teria sido preso durante os eventos de 8 de janeiro.
“Estaria apodrecendo até hoje ou até assassinado”, declarou o ex-presidente, reforçando sua narrativa de que está sendo alvo de uma perseguição por parte das instituições brasileiras.
Bolsonaro também mencionou seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do cargo e se mudou para os Estados Unidos alegando motivos semelhantes. Segundo o ex-presidente, Eduardo mantém contato com “pessoas importantes do mundo todo” e estaria buscando apoio internacional. “Tenho esperança que de fora venha alguma coisa para cá”, disse, sem revelar detalhes, mas insinuando a tentativa de mobilizar aliados como o ex-presidente americano Donald Trump.
Inelegível desde 2023 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a reunião com embaixadores em que questionou o sistema eleitoral brasileiro, Bolsonaro criticou a decisão: “Ficar inelegível por ter se reunido com embaixadores é um absurdo”, disse. Ele concluiu seu discurso afirmando que a ausência de seu nome nas eleições presidenciais de 2026 representaria um ataque à democracia: “Eleições em 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, é escancarar a ditadura no Brasil”.
O pronunciamento reacende o debate sobre a polarização política no país e o futuro do bolsonarismo no cenário eleitoral brasileiro.